Estudo mostra possibilidades de atrair profissionais à construção
Diante da escassez de mão de obra enfrentada pela construção, o SindusCon-SP divulgou nesta semana os resultados de estudo encomendado à consultoria Ecconit sobre o perfil destes trabalhadores, e o que pode ser feito a fim de atrair mais pessoal para o setor.
Segundo o estudo, os trabalhadores formais da construção no Estado de São Paulo em 2023 representaram 27,1% do total de ocupados no setor ou 3,8% do total de trabalhadores assalariados formais do Estado. Sua idade média era de 37,6 anos, tinham ensino médio incompleto e renda média de R$ 3.661,09, uma alta de 8,3% em relação a 2019. As mulheres representavam 12,4% deste contingente.
Ao longo dos anos, a população ocupada na construção melhorou sua formação, o que em parte explica a dificuldade em atrair jovens para o setor. Neste cenário, o estudo sugere várias ações.
Uma delas é aumentar a produtividade, investindo em maior industrialização, uma necessidade prioritária do setor.
Processos construtivos mais industrializados envolvendo tecnologia abrem possibilidades de emprego atraentes, especialmente para jovens que buscam colocações inovadoras no mercado de trabalho.
Com isso, abre-se a porta para aumentar a proporção de mulheres nesta atividade, bem como para atrair os jovens a considerarem a construção como sua opção profissional.
Neste particular, é preciso investir na formação dos jovens, divulgando as potencialidades do trabalho no setor. Além dos que estudam na rede de ensino, há aqueles entre 15 e 29 anos que não trabalham nem estudam, os chamados “nem-nem”, que representam 19,8% da população brasileira.
Outra fonte de pessoal está entre os imigrantes, oferecendo oportunidades e capacitando-os para trabalharem no setor. Todas estas ações podem ser adotadas mediante parcerias com governos, associações e ONGs.
Fonte: SindusCon-SP