Saúde e Segurança do Trabalho

Vice-presidente Ishikawa diz que setor não pode ficar sempre atrás do prejuízo 

O vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do SindusCon-SP, Haruo Ishikawa, manifestou preocupação com o atendimento, pela indústria da construção, às disposições das Normas Regulamentadoras (NRs) de Saúde e Segurança do Trabalho (SST), especialmente da NR 18 – SST na Indústria da Construção. “É preciso melhorar no Brasil a cultura de segurança e saúde no trabalho na construção civil. A gente não pode ficar sempre atrás do prejuízo”, afirmou.

As declarações foram feitas em 3 de outubro, na abertura da Semana Canpat Construção 2022, realizada pela Comissão de Política de Relações Trabalhistas (CPRT) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em correalização com o Sesi e apoio especial do Seconci-Brasil.

Ishikawa também é coordenador do Grupo de Intercâmbio de SST na CPRT e membro do Conselho Deliberativo do Seconci-SP (Serviço Social da Construção). A Canpat é a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho, realizada por estas entidades junto com a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Previdência.

O presidente da CPRT, Fernando Guedes Ferreira Filho, reconheceu a atuação e a postura adotada pela SIT. “O Ministério permitiu a abertura de um diálogo inédito, com a participação ativa de empregadores e empregados, trazendo um novo tempo nas práticas de SST, com a implantação do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e de outras disposições que simplificam, mas não deixam de cumprir o seu objetivo de proteger o trabalhador”, disse.

Guedes salientou ainda o número expressivo de trabalhadores na indústria da construção e reforçou a necessidade de proteger os colaboradores. “Nosso setor é conhecido por empregarmos formalmente quase mais 260 mil trabalhadores só este ano. E cuidar desses trabalhadores é nossa principal obrigação”, apontou.

No painel mediado por Clóvis Queiroz, consultor da CBIC, o médico especialista do Departamento Nacional do Sesi, Cláudio Patrus, destacou as inovações na atualização da NR 1, que dispõe sobre disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais. Entre as mudanças, destacou o uso obrigatório da matriz de responsabilidades e competências. Também abordou a NR 17, que orienta sobre cuidados com a ergonomia e a saúde integral.