Pesquisa mensal feita pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) junto às suas empresas associadas registrou o lançamento de 4.561 unidades em julho. Isso representou uma elevação de 38,2% em relação a julho de 2019.
No trimestre móvel encerrado em julho, foram lançados 18.841 imóveis – uma queda de 32,1% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de 12 meses encerrados em julho, lançaram-se 103.802 unidades, número semelhante ao observado nos 12 meses precedentes.
Na pesquisa feita em parceria com a Fipe, apurou-se a venda de 13.023 unidades, uma alta de 58% em relação a julho de 2019. Foi o maior volume mensal vendido pela incorporação desde maio de 2014.
No trimestre móvel encerrado em julho, as vendas totalizaram 35.814 unidades, uma elevação de 25,5% em relação ao mesmo período de 2019. No acumulado em 12 meses, as 125.380 unidades comercializadas pela incorporação representaram um crescimento de 9% em relação ao volume vendido nos 12 meses anteriores.
As vendas líquidas (excluindo-se as das unidades distratadas) cresceram 56,2% em julho, 21,2% no último trimestre móvel e 12,1% nos últimos 12 meses.
Comparado ao mesmo mês do ano passado, em julho houve recuo de 15,8% no número de unidades entregues, a relação distratos/vendas elevou-se em 2,9 pontos percentuais e a oferta de unidades disponíveis para venda aumentou 6,5%.
Reflexos da pandemia
Na avaliação da Abrainc, tais resultados refletem a situação criada pela pandemia, caracterizado num primeiro momento pela imposição de medidas de distanciamento social e de regras restritivas sobre atividades consideradas não essenciais, e, em um segundo momento, pelo relaxamento progressivo das restrições e a reabertura das economias locais, aliada à expansão do crédito.
Segundo a entidade, os impactos negativos da pandemia atingiram de forma distinta as atividades (ações relacionadas a lançamentos como montagem de estandes de vendas foram interrompidas, enquanto as obras dos empreendimentos prosseguiam), e também afetaram de forma distinta praças e regiões geográficas (regras mais rígidas nas capitais e grandes centros urbanos e capitais e menos restritivas no interior e em cidades de menor porte).
Essa heterogeneidade explicaria o contraste entre os resultados de lançamentos e vendas e o desempenho diferente entre os segmentos de Médio e Alto Padrão e Minha Casa, Minha Vida (faixas 2 e 3): enquanto o primeiro registrou queda de 60,3% nos lançamentos e de 9% nas vendas durante o último trimestre móvel (em comparação ao mesmo período de 2019), o segundo apresentou queda menos expressiva nos lançamentos (-24,6%) e um aumento de 39% nas vendas no acumulado entre maio e julho de 2020.
Os empreendimentos relacionados ao Minha Casa em julho tiveram altas de 47% nos lançamentos e 62,4% em vendas. Já os empreendimentos de médio e alto padrão registraram elevações de 7,3% em lançamentos e de 34,8% nas vendas.
Fonte: Sinduscon-SP